Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Comentário:
Meu Deus, que poema lindo
que imagens eloquentes
a poeta se faz deusa
seus atos são transcendentes
e o sonho que vai morrendo
vai a nossa alma enchendo
de sentimentos pungentes.
Lágrimas que viram ondas
tentam matar o anseio
e segue o sonho à deriva
no mar que se faz mais cheio
termos comuns, reciclados,
que deixam braços quebrados
no fim de tal devaneio.
(Gilberto Cardoso dos Santos)
Heheheheh. Nossa!!!!! Ameiiiiiii.
ResponderExcluirMestre Gilberto, parabéns pelo seu blog, forte abraço.
ResponderExcluirCecília nesse poema
ResponderExcluirIntitulado canção
Expressou seus sentimentos
De dentro do coração
E você brilhantemente
Mostrou-se ser competente
Com a interpretação.
LINDO LINDO LINDO !!!!
ResponderExcluirFiquei muito comovida com esse poema !
Parabens pelo seu maravilhoso blog e a qualidade de seu comentario .