domingo, 30 de dezembro de 2012

ÍNDIOS E SUSTENTABILIDADE NA ESCOLA - Gilberto Cardoso dos Santos




Em 12 de dezembro de 2012, houve uma feira de ciências na Escola José Bezerra Cavalcanti. Belíssima feira que teve como tema a Sustentabilidade. As salas, muito bem ornamentadas, representavam aspectos da vida na Terra que precisam de nossa atenção.

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Inspirados no drama ora vivido pelos índios Guarani Kaiwoá, eu e meus alunos formamos uma tribo e construímos uma oca no pátio da escola.

Além disso, pusemos painéis com fotos de diversas tribos brasileiras e com poesias que falam sobre o estado caótico em que se encontra o meio-ambiente.
O senhor Edson Wildt, profundo conhecedor da cultura indígena, esteve conosco a convite, como uma espécie de pajé e enriqueceu bastante o nosso projeto.

Meus profundos agradecimentos aos alunos que se sensibilizaram com a causa dos índios que nos restam e tiveram a coragem de vestir a camisa ou melhor, tirá-la, em solidariedade.

A construção da oca, a dificuldade de conseguir material suficiente e adequado, a preocupação com os enfeites e a correria contra o tempo certamente lhe deixaram lições bem mais profundas que  muitas aulas expositivas poderiam dar.

Lembro-me da agonia deles e preocupação em permanecer na escola os 3 turnos a fim de impedir que alguém viesse e destruísse sua oca. Sem querer, a empatia tomou conta deles.
Até beiju foi servido!
Comprovamos na prática que o trabalho com projetos rende muitos e valiosos frutos!



Solange, João Bezerra, Gorete, Edson Wildt, Grêmio Estudantil e toda a equipe pedagógica estão de parabéns pela contribuição que deram!
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VEJAM MAIS FOTOS DO EVENTO EM http://my.opera.com/lexfoto/albums/show.dml?id=13227922


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A CANÇÃO WHITE CHRISTMAS - Gilberto Cardoso dos Santos


 

Por que amo esta canção?
Pela bela melodia
Também pela poesia
Que fala a meu coração
É linda a interpretação
Meus olhos se umedecem
e se lágrimas não descem
é que busco segurar
A vontade de chorar
Mas as notas prevalecem.

Fala-nos de um belo sonho
De utopias natalinas
São notas quase divinas
Sobre este mundo tristonho
Feito criança me ponho
Desejando adormecer
Nesta Matrix viver
Em um eterno natal
Naquele estágio final
Da evolução do meu ser.

Otis Redding partiu
E seu sonho nos deixou
Só depois que expirou
Esta música se ouviu
De firulas a cobriu
Antes de silenciar
Com sua voz singular
Deixou pra posteridade
Algo que à humanidade
faria bem escutar.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CONTRADITÓRIO ESPECISMO - Gilberto Cardoso dos Santos




Às vezes observamos
contraditório especismo
nos autovalorizamos
com requintes de egoísmo
e como bons predadores
chamamos de inferiores
os seres que massacramos
de um gato sentimos pena
enquanto um igual em cena
padece, mas nem ligamos!

sábado, 1 de dezembro de 2012

SOBRE O CIRCO GROCK - Gilberto Cardoso dos Santos



Ontem conversei com Alessandro Nóbrega sobre o circo Grock. Mágico e profundamente interessado na arte circense, certamente já teria ido conferir o espetáculo, pensei. Estava certo. Perguntei se gostara e ele fez muitos elogios, principalmente ao palhaço.

Falei-lhe do meu temor de ir aos circos que aqui acampam devido o excesso de porfonia e humor pastelão, algo comum aos que aqui vêm. A censura parece não funcionar nesses ambientes onde se ouve de quase tudo, às vezes até expressões de racismo. Crianças ficam expostas a esse tipo de humor corrosivo.

Alessandro surpreendeu-me ao dizer que precisamente uma das propostas do circo dirigido por Nil Moura era o de evitar esse tipo de humor. Fiquei surpreso! Fui informado que ele segue uma linha europeia de fazer circo, que estudou tal arte na França do clown Sarkozis..

Depois, tentando descobrir quem seria Nil Moura, descobri que já tinha assistido uma excelente palestra motivacional feita por ele - uma equilibrada mistura de humor, bons conselhos e mágicas -, num dia em que eu e Hélio nos apresentávamos em um evento de saúde no IFRN. O cara é bom!

Fui conversar com o Nil e, como já esperava, tivemos uma troca de ideias muito produtiva. Ele disse-me que essa linha pornofônica do circo é algo muito presente mais no Nordeste. Em outros países não se vê muito disso.
Fiquei, pois, bem curioso para ir ao Circo Grock, que está instalado no terreno onde havia a antiga quadra, perto da Assembleia de Deus.
Às 8:30 h da noite de hoje pretendo aparecer por lá para conferir de perto!


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

URINOTERAPIA - Gilberto Cardoso dos Santos


Há quem faça tratamento
com urinoterapia
bebe mijo todo dia
disso faz seu alimento
parece meio nojento
não quero experimentar
quem quiser é só mijar
num  copo e depois beber
decerto não vai morrer
bom não sei se vai ficar.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CONTRADIÇÕES HUMANAS - Gilberto Cardoso dos Santos




José salvou 3 gatinhos
fez uma excelente ação
e após salvar os bichinhos
fez a comemoração.
Da mulher ganha um abraço
e também o melhor pedaço
de carne irá receber
neste tão terno  momento
nem pensa no sofrimento
do boi que está a comer!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A ELEIÇÃO DO POETA SEBASTIÃO DIAS



Um violeiro na prefeitura

No verso ele é muito bom
Na viola é arretado
Foi graças a esse dom
que ao poder foi levado
desejo de coração
que faça boa gestão
sem verso de pé quebrado.

Saiba mais em Diário do Sertão

domingo, 18 de novembro de 2012

CHAMBINHO É IMPEDIDO DE HOMENAGEAR O REI LUIZ NO SENADO



Chambinho do Acordeon, intérprete de Luiz Gonzaga no filme Gonzaga de Pai para Filho, foi convidado por Eduardo Suplicy para homenagear o rei Luiz no Senado.

Imagine o constrangimento quando foi anunciado pelo senador Mozarildo Cavalcanti - filho de cearenses! - que a homenagem não seria possível naquela ocasião.

Ali estavam Chambinho e a esposa, buscando um merecido instante de glória para si e para seu grande ídolo. O ano era apropriado, a música era apropriada, a pessoa escolhida para a homenagem era apropriada... até mesmo quem indicou era a pessoa apropriada, por seu passado político e honestidade (até agora). No entanto, por uma questão regimental, segundo o senador Mozarildo, o momento não era apropriado.

Poderia, ao menos, por uma questão estratégica, ter democraticamente solicitado a opinião dos poucos parlamentares presentes (haveria quorum para isso?). Mas não: sanfona, cultura nordestina, poesia e música de qualidade não combinavam com aquele momento.

Indignado, o poeta Aldenir Dantas perguntou retoricamente no Facebook: 

"O linguajar indecoroso, as mentiras, as falcatruas, os acordos espúrios, as ausências, a falta de ética... tudo pode. Uma homenagem a um dos maiores nomes da cultura brasileira não pode???"

Mozarildo, que presidia a sessão, apelou para o Regimento da Casa. A burocracia, bem merecedora de um "r" dobrado nessa ocasião, impediu uma curta e merecida homenagem àquele que era sinônimo de espontaneidade e quebra de protocolos. Uma oportunidade, talvez, de aumentar a minguada audiência da TV Senado e dar a impressão que os que ali estão se preocupam com a cultura.

Pergunto-me se fosse um Teló Cover se teria ocorrido o mesmo. Afinal, a música do hominídeo tem servido até mesmo para embalar procissões. (veja aqui).

Acrescente-se mais este motivo aos muitos que as pessoas já têm para abominar o que acontece nos 3 dias de expediente que os senhores senadores dão naquela Casa.

sábado, 17 de novembro de 2012

ENTREVISTA EM VERSOS COM ADEMAR MACEDO




GILBERTO:
Quero aqui entrevistar
de um jeito inovador
nosso poeta Ademar
excelente trovador
um homem bem conhecido
elogiado e querido
digno de qualquer louvor.


ADEMAR:
Eis aqui o Trovador,
pode passar em revista,
pergunte e responderei
mesmo sem ser repentista;
não minto nem por dinheiro...
Serei puro e verdadeiro
respondendo essa entrevista! 

GILBERTO:
Diga-nos como surgiu
seu amor à poesia
trace de si um perfil
e minibiografia
fale-nos de seu passado
daquilo que for lembrado
com toda sua alegria.


ADEMAR:
Trouxe o vírus da Poesia
no coração e na mente,
herdei o dom do meu Pai
um Poeta consciente;
mas eu com a verve inquieta,
só me descobri Poeta
depois do meu acidente.

GILBERTO:
Fale-nos do acidente
como tudo aconteceu
tudo mudou de repente
quando uma perna perdeu?
Qual foi a grande lição
e qual a transformação
que em sua vida se deu?

ADEMAR:
Foi triste o que aconteceu,
mas tendo Fé em Jesus,
comecei a caminhar
mesmo sem seguir à Luz...
Sem a Deus obedecer,
tornei de novo a beber,
pondo mais pregos na Cruz.

GILBERTO:
Até que ponto o marcou
esse acidente terrível?
Por acaso isso afetou
sua fé no invisível?
Ver a mão do onipotente
neste cruel acidente
seria isto cabível?

ADEMAR:
Foi um recado invisível
que o “Pai” mandou para mim,
eu sem querer entender,
vivia no botequim;
bebendo muito e fumando
como estivesse esperando
a qualquer hora o meu Fim.

GILBERTO:
Fale-nos daquela obra
"...E Da dor se Fez Poesia"
livro que mostra de sobra
sua íntima agonia
mas tudo com bom humor
pois trata de sua dor
com leveza e maestria.

ADEMAR:
...E da Dor se fez Poesia,
 foi a primeira vitória,
Macedo, meu protetor
que hoje já está na Glória
coordenou e deu-me alento
no dia do “lançamento”
eu vi mudar minha história.

GILBERTO:
Você é bem conhecido
como um grande trovador
e prêmios tem recebido
com merecido louvor
nos dê aqui uma prova
e explique o que é a trova
para o querido leitor.

ADEMAR:
Numa trova, o Trovador
abrange mil universos,
com inspiração e estudo
nos temas, os mais dispersos,
diz na Trova, simplesmente,
tudo aquilo que ele sente
em apenas quatro versos!

GILBERTO:
Qual foi a trova mais linda
que você já escreveu?
Mostre para nós ainda
qual a mais bela que leu
cite um caso interessante
alguma coisa marcante
que já lhe aconteceu.

ADEMAR:
(A mais triste solidão
que os seres humanos tem,
é abrir o seu coração,
olhar...e não ver ninguém!)

ADEMAR:
Tem muitas outras também,
das quais me fiz vencedor,
retratando o meu sertão,
sua luta e o seu labor,
sem esquecer, na verdade
minha trovas de saudade,
escritas com muito amor!

GILBERTO:
Com um poeta sem braço
você certa vez "brigou"
e de seu lado palhaço
bela sextilha brotou
deixando o outro sem voz
depois recite pra nós
a estrofe que criou.

ADEMAR: Fiz essa Sextilha:)
(Hoje eu conheci o Lula
e nele dei um Abraço,
eu faço o que ele não faz
e ele faz o que eu não faço;
pois eu só tenho uma perna
e ele só tem um braço! )

GILBERTO:
O que é a poesia
para o poeta Ademar?
e qual é a serventia
da cultura popular?
nos diga de modo franco
se gosta de verso branco
ou se deixa a desejar.

ADEMAR:
Não gosto de comentar
os versos que eu não faria,
mas como bom nordestino
não vou fugir neste dia
do verso livre em questão;
tem que ter muita emoção,
história, enredo e Poesia!

GILBERTO:
Cite nomes de artistas
aos quais dá grande valor
cantadores, cordelistas
ou seja lá o que for
e pra fechar o pacote
cite-nos um belo mote,
algo cheio de esplendor.

ADEMAR:
Eu tenho o meu cantador,
Violeiro e nordestino:
Geraldo Amâncio Pereira
do repente, um paladino;
e, Poeta novo e brilhante
tem o Manoel Cavalcante
“O Meu Poeta-Menino” !!!

ADEMAR:
Quanto ao seu mote pedido,
fiz um “verso” que eu me amarro;
o Mote é do “Conhecido’:
Doutor Zé Lucas de “Barro”...)

“QUER MATAR UM POETA, MATE O SONHO
QUE O POETA SEM SONHO SE LIQUIDA...”

Se você quer ferir a natureza
é bastante atirar num beija-flor,
ou matar um poeta cantador
para encher o nordeste de tristeza;
o sertão perderá sua beleza,
nascerá no seu peito uma ferida,
ficará no sertão por toda vida
lembranças desse crime tão medonho;
“quer matar um poeta, mate o sonho,
que o poeta sem sonho se liquida...”

GILBERTO:
Qual é a filosofia
de vida de ADEMAR?
como é seu dia a dia
e com que vive a sonhar?
cite alguns ensinamentos
provérbios ou pensamentos
que gosta de observar.

ADEMAR:
Não deixar nunca de AMAR,
é minha filosofia...
Aos amigos, meus irmãos,
e aos meus fãs na Poesia.
Amar e dar mais afetos
a Dalva, filhos e netos
e amar a Deus todo dia!

GILBERTO:
Fale-nos de seus labores
e projetos culturais
e antes de dar aos leitores
suas palavras finais
recite-nos um poema
que sirva como emblema
aos poetas atuais.

ADEMAR: CONSIDERAÇÕES FINAIS :

Quase Todo mundo já sabe que eu estou enfrentando um dilema na minha Vida; estou completamente entregue nas “Mãos Santas de Deus”...São quatro edemas no Cérebro, advindos de um Câncer que eu tive há seis anos no Intestino.  No Entanto... “Para DEUS, Nada é Impossível”.

ADEMAR: (Um Poemeto em Trovas:)

FONTE DE POESIA:
Envolto em minha Poesia,
num devaneio sem fim;
vivo hoje uma fantasia
que eu mesmo inventei pra mim!
No momento em que eu nascia,
Deus, usando o seu poder,
pôs o vírus da poesia
nas entranhas do meu ser.
Envolto em um acalanto
que a natureza me envia,
eu fiz do meu verso um manto 
com retalhos de poesia.
O Deus que fez lago e monte,
que fez céu, mar, noite e dia,
fez do Poeta uma fonte
por onde jorra Poesia...!