domingo, 10 de abril de 2011
CANÇÃO - Cecília Meireles
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Comentário:
Meu Deus, que poema lindo
que imagens eloquentes
a poeta se faz deusa
seus atos são transcendentes
e o sonho que vai morrendo
vai a nossa alma enchendo
de sentimentos pungentes.
Lágrimas que viram ondas
tentam matar o anseio
e segue o sonho à deriva
no mar que se faz mais cheio
termos comuns, reciclados,
que deixam braços quebrados
no fim de tal devaneio.
(Gilberto Cardoso dos Santos)
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Heheheheh. Nossa!!!!! Ameiiiiiii.
ResponderExcluirMestre Gilberto, parabéns pelo seu blog, forte abraço.
ResponderExcluirCecília nesse poema
ResponderExcluirIntitulado canção
Expressou seus sentimentos
De dentro do coração
E você brilhantemente
Mostrou-se ser competente
Com a interpretação.
LINDO LINDO LINDO !!!!
ResponderExcluirFiquei muito comovida com esse poema !
Parabens pelo seu maravilhoso blog e a qualidade de seu comentario .