Nós desejamos que Carla de Zulmira
e a professora Débora Raquiel
dedilhem firmes a sagrada lira
não deixem mais nossa cultura ao léu
possam cumprir de fato um bom papel
sempre com ética e cidadania
que gerenciem com sabedoria
tal patrimônio que pertence ao povo
dando à cultura um total renovo
e Santa Cruz respire poesia!
(Gilberto Cardoso dos Santos)
Gilberto,
ResponderExcluirTorço pelo sucesso de nossas amigas Débora e Carla. Esta, filha de minha colega de trabalho Zulmira, aquela, companheira na Rede Estadual de Ensino. Ambas com disposição e sorriso no rosto.
O Grande Centro de Cultura do Trairi está nas mãos delas!
Sucesso!!!
Verdade, Teixeirinha!
ResponderExcluirGilberto e Teixeirinha,
ResponderExcluireu concordo plenamente
pois as moças escolhidas
cada uma é competente
e irão sem descansar
com muita garra lutar;
para que melhor presente?
Mestre Gil,obrigada pelo verso e por todo apoio que temos recebido!
ResponderExcluirA cultura pode incomodar,acomodar jamais.
Publique mais estes versos em seu blog.E parabéns por mais este brilhante trabalho que tanto contribui com a riqueza de nossa cultura.
Poema em Prece
(Ao meu avô com carinho)
Recostada sobre o sofá da sala,
Consumida pela letargia do instante;
Vi meu anjo avô despedindo-se da vida.
Tinha nos olhos estrelas agitando-se em adeuses,
Seus pés cansados, aposentando calçados;
Sua voz possuía a vastidão do infinito,
Sempre em tom maior debulhava ternurinhas.
Sou toda silêncio ao recordar de abraços dados,
De histórias contadas com tamanha alegoria,
dos hinos cantarolados,
Das flautinhas de bambú que fazia apitar quebrando o orgulho dos dias.
É quase madrugada e minha alma pranteia ferindo os ouvidos da noite...
A dor é a minha paisagem atemporal cristalizada...
Não sinto gosto de nada, despovoa-me os sentidos,
Todo meu eu faz desordem, tecendo lágrimas para um colar que morre.
As coisas me espiam como a amparar-me,
O frio da noite pigarreia elegias,
Nada mais,o resto é só prece!
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Poema Cativo
Da esquina de Delfos
Um poema enclausurado.
Banhara-se na fonte de Castália a Pitonisa,
Jejuara três dias, mascara folhas de loureiro,
Sentara-se na trípode.
A Sibila não mais profetizou. Restara-lhe a sede, a fome, a cama de orvalhos que lhe espia,
A mão lhe amparando as faces caídas.
Lá estava a Pitonisa, vestida de pecado, em brasas... ardendo qual Hades desabitado, esperando a alma recém-chegada que será logo consumida.
Afrodite nem disse para que veio, mas habitou-lhe a casa do pensamento.
Sentira-se morta por dentro, um vento frio rebentou-lhe uma víscera,
Um gosto de amor lhe repartiu ao meio...