sábado, 10 de setembro de 2011


Em um dos 365 de 2001, pela manhã, nalgum lugar do planeta um menino brincava com sua bicicleta a caminho da escola e caiu, esfolando o joelho. Enquanto soprava o ferimento e dizia “ai, ai” pensando no que a mãe e o pai diriam; uma outra pessoa, em lugar desconhecido, destruía um casamento dizendo friamente “Eu não te amo mais”. Não muito longe dali alguém levou um tiro na cabeça e foi levado às pressas para o hospital. Quando a ambulância chegou à porta da UTI, viu-se uma família que saía aos prantos. Um pai de 3 filhos pequenos, que não dormira à noite inteira, saía para providenciar um caixão para a própria esposa.

Enquanto isso, nalguma outra parte, uma garota chorava diante da família porque na noite anterior perdera a virgindade com o namorado. Alguém não fora trabalhar por causa de uma unha encravada e brigava ao telefone com o patrão. Um rapaz sorria na expectativa de um sim que ouviria naquela manhã. Os carros passavam às pressas, nas diversas rodovias movimentadas do mundo e diversos acidentes aconteciam. Eram homens e mulheres totalmente voltados para a rotina da vida, esquecidos da proximidade da morte.

Um padre celebrava um casamento pomposo enquanto outro, noutra igreja, encomendava o corpo de um velho assassinado pelo neto. Numa clínica, a mulher gritava de dor trazendo à luz mais um filho. Um seminarista estava em jejum, penitenciando-se por ter se masturbado.

Evangélicos distribuíam folhetos na avenida, falando de um culto especial que ocorreria àquela noite.

Naquele dia, até então comum a todos os outros, repórteres percorriam as ruas das grandes capitais à cata de notícias. Um deles não fora trabalhar pois bebera muito à noite e havia adormecido num quarto de motel com uma boneca inflável. Ressacado, tomou água e ligou a TV à procura de qualquer coisa. Ouvia-se do outro lado da porta o roçar de uma vassoura, movimentada pelas mãos caroçudas de uma negra de 40 anos, ainda virgem. Na casinha alugada onde ela morava, um órfão se zangou quando interromperam seu desenho preferido. Na TV, apareceu um repórter noticiando algo provavelmente grave. Era um daqueles plantões, com notícias significativas e tristes apresentadas o mais próximo possível das ocorrências. O repórter no motel espantou-se com o espanto do repórter que se achava no estúdio. Não sabiam o que dizer. Parecia uma imagem montada em Hollywood. Pouco depois, o que parecera um acidente recebeu nova interpretação ao se noticiar que parecia tratar-se de algo pior.

O menino que relara o joelho entrou em casa chorando mas se deparou com a indiferença da mãe que fazia psiu e se quedava diante da TV. O filho se admirou pensando que a mãe assistia a um desses filmes de ficção científica, coisa de que não parecia gostar. O viúvo chegou na funerária e teve dificuldade em falar com o atendente que era meio mouco e colocara o rádio no último volume. O pai da filha desvirginada parou de amolar a faca e esqueceu o seu ódio. Ocorriam, então, diversos engarrafamentos nos Estados Unidos e em São Paulo e muitas pessoas praguejavam. A mulher recém-abandonada tentou se envenenar no exato instante em que um avião bateu contra um prédio. Diversas pessoas se ajoelharam na Palestina agradecendo a Alá pela vitória. Enquanto isso, no Brasil, uma islâmica há pouco convertida suplicava coragem a Deus para ir ao trabalho usando o véu, enquanto ouvia os resmungos da mãe católica.

O rapaz que levara o tiro morreu, sem saber do grande acontecimento que marcaria a história.

Ao meio-dia, um velho professor dirigiu-se ao calendário e procurou uma data que tinha a cor dos dias comuns. Circulou-a com tinta vermelha.

Era o dia 11 de setembro de 2001.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O PODER DAS PALAVRAS - Gilberto Cardoso dos Santos


Uma antiga funcionária, hoje aposentada, retornou à escola para rever os colegas. Estava visivelmente emocionada e abraçou-me, perguntando: “Lembra de uma carta com uma poesia que você fez pra mim quando eu ainda trabalhava aqui? “

Lembrava-me da carta, sim, embora não recordasse de nenhuma das palavras que escrevi para aquela ex-colega e funcionária exemplar sobre quem me senti um dia inspirado a escrever.

“Guardo até hoje aquela carta”, acrescentou ela. Fiquei pensando então na importância que aquela simples página de valor insignificante passou a ter para aquela senhora depois que nela tracei algumas linhas. Os anos se passaram, a folha amareleceu, mas ela a guarda com carinho. Certamente, durante todos esses anos, pôs muita coisa fora, mas a carta não, jamais. Fiquei curioso para reler o que escrevi e, enquanto me dirigia à secretaria, o celular dela tocou. Enquanto ouvia o que era dito, se pôs a chorar. Espantado, perguntei-lhe o que estava acontecendo.

“É que hoje é meu aniversário, Gilberto. Meu genro, que mora em Goiás, acabou de ligar e me disse umas palavras bonitas.”

Entendi melhor o porquê de sua ida à escola naquele dia. Aquela mulher sofrida, massacrada pelos anos, por uma profissão que não lhe deu o devido valor e pelas cicatrizes deixadas por um casamento malsucedido necessitava, justificadamente, de palavras de afeto e de reconhecimento.

Eu e outros colegas fizemos-lhe felicitações e ela retornou para casa com ar de felicidade.

Depois disso, pus-me a refletir sobre a importância das palavras. Somos possuidores de um poder magnífico, capaz de influenciar poderosamente a vida dos que nos cercam. Com palavras de elogio e incentivo, podemos erguer os desalentados e fazê-los sorrir. Com palavras de gratidão podemos trazer alegria e incitar pessoas à prática do bem. Palavras de reconhecimento de culpa podem cicatrizar feridas aparentemente incuráveis. Palavras de perdão podem produzir ondas de paz e alívio, atando corações com laços inquebráveis. Palavras de amor têm poder hipnótico. Esforcemo-nos, eu e você, para usar positivamente o dom da fala, trazendo paz, ânimo e alegria aos que nos cercam.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Freud já não explica - Gilberto Cardoso dos Santos


a Alessandro Nóbrega

"O Freud já não explica"
Me explicava Alessandro
e eu que me sinto tão andro
acho que assim se complica
Édipo não justifica
com o álibi do complexo
as complicações do sexo
buscam guarida em Lacan
mas essa procura é vã
tudo acaba sem nexo.

domingo, 28 de agosto de 2011

O ADOLESCENTE GILBERTO - Dinamérico Soares do Nascimento (1958 – 2004)



Na calçada alta de sua humilde casinha na rua da Ladeira, ele sentou-se para ler as crônicas de Drummond, escritor que tirara da biblioteca do Mobral e que o conquistara ultimamente. Depois de fazer um meio juízo do trabalho drummondiano, levantou-se, e voltando-se para aquela paisagem periférica, seu olhar voou longe sobre a lagoa de Jovino Pereira. Martelando um poema na mente, ele a chamava de mar sagrado, pois era de suas águas poluídas que a população que tanto se identificava com ele, estava tirando o seu sustento para a sobrevivência, população de seu bairro, gente de semblante estampado de mágoas...

Ouviu a voz arquejante de sua vó mãe - meu neto, chegue, meu filho! ... O pão já está namesa , vá comprar o café...

Talvez ela tenha trocado as bolas, mas a verdade é que faltavam os trocados para os exorbitantes 90.00 do café. Apanhou as últimas míseras economias recebidas de sua empregadora que nele empregou os seus planos ilícitos, não pagando segundo a CLT, seus direitos de auxiliar de limpeza do Banco do Brasil, e satisfez os pedidos da velhinha, se bem que para ele isso era também uma necessidade chamada jantar.

Depois de certo tempo, juntou o preço altíssimo do café ao preço de seu trabalho, tão baixo como o próprio cruzeiro e desabafou no papel que enrolara os pães. Ao escrever, ele se dava conta de que já era um poeta de verdade, muito embora a sua musa primeira tivesse sido a opressão...

A noite já enegrecia a ruazinha. Ele tentou dormir. No dia seguinte o Estopim publicou seu primeiro trabalho poético: Vovozinha, o que será de nós”.


Publicado em 2011 no livro Cultura Educação Espaço e Tempo

sábado, 27 de agosto de 2011

SOBRE "HOME" - Gilberto Cardoso dos Santos


1
Conheci há algum tempo
um grande documentário
intitulado de HOME
algo extraordinário
que de um modo perfeito
mostra o que temos feito
ao sistema planetário.
2
Dura mais de uma hora
mas vale a pena assistir
mostra imagens do planeta
que nos fazem concluir
que se o homem não mudar
iremos nos acabar
e o planeta irá ruir.
3
HOME é palavra inglesa
que significa lar
Se o mundo é nossa casa
dele é preciso cuidar
e parar de destruir
pois se o planeta ruir
onde iremos morar?
4
Com imagens de satélites
HOME mostra a Terra inteira
no seu estado caótico
do deserto à ribanceira
os incêndios florestais
a extinção de animais
e a espantosa sujeira
5
Home expõe aos nosso olhos
cenas impressionantes
mostra o mar varrendo costas
com suas ondas gigantes
furioso derrubando
destruindo e expulsando
os humanos habitantes
6
todos devem assistir
tão belo documentário
e deixá-lo ecoar
dentro do imaginário
é hora de dar um basta
na destruição nefasta
buscar o rumo contrário.
7
Muita gente já chorou
enquanto estava assistindo
a miséria que restou
num mundo que foi tão lindo
é essa a missão de HOME
mostrar a dor e a fome
que ao mundo está destruindo
8
Maior apelo não há
em favor da Ecologia
mostra o rumo a tomar
nas ações do dia a dia
é tão sensacional
que a imprensa mundial
propagá-lo deveria.

SOBRE "HOME" - Gilberto Cardoso dos Santos


1
Conheci há algum tempo
um grande documentário
intitulado de HOME
algo extraordinário
que de um modo perfeito
mostra o que temos feito
ao sistema planetário.
2
Dura mais de uma hora
mas vale a pena assistir
mostra imagens do planeta
que nos fazem concluir
que se o homem não mudar
iremos nos acabar
e o planeta irá ruir.
3
HOME é palavra inglesa
que significa lar
Se o mundo é nossa casa
dele é preciso cuidar
e parar de destruir
pois se o planeta ruir
onde iremos morar?
4
Com imagens de satélites
HOME mostra a Terra inteira
no seu estado caótico
do deserto à ribanceira
os incêndios florestais
a extinção de animais
e a espantosa sujeira
5
Home expõe aos nosso olhos
cenas impressionantes
mostra o mar varrendo costas
com suas ondas gigantes
furioso derrubando
destruindo e expulsando
os humanos habitantes
6
todos devem assistir
tão belo documentário
e deixá-lo ecoar
dentro do imaginário
é hora de dar um basta
na destruição nefasta
buscar o rumo contrário.
7
Muita gente já chorou
enquanto estava assistindo
a miséria que restou
num mundo que foi tão lindo
é essa a missão de HOME
mostrar a dor e a fome
que ao mundo está destruindo
8
Maior apelo não há
em favor da Ecologia
mostra o rumo a tomar
nas ações do dia a dia
é tão sensacional
que a imprensa mundial
propagá-lo deveria.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

REPORTAGEM DA RPTV

Em nosso cortejo pelas principais cidades do RN onde se deu o fenômeno do cangaço (por ocasião do lançamento do livro A Saga dos Limões - Negritude no enfrentamento ao cangaço de Jesuíno Brilhante, do patuense Dr Epitácio Andrade), fomos acompanhados por uma equipe da RPTV.
Isto resultou no documentário abaixo, disponível no Youtube a partir de hoje.


Assista-o e comente.




sábado, 13 de agosto de 2011

Poesia sobre recital - Gilberto Cardoso

Prezados frequentadores
deste espaço virtual
às senhoras e senhores
em convocação geral:
vão ver dança, cantoria,
declamação, poesia,
cultura regional.

Vão ver a grande riqueza
de alguns artistas locais
se encantar com a beleza
de versos memoriais
vão sentir cheiro de terra
e ver o gado que berra
em palavras magistrais.

Tragam os familiares
não irão se arrepender
nosso versos populares
encantos irão trazer
a APOESC traz beleza
palavras que com certeza
irão nos enriquecer.

Como é bom sentir o vento
cheirando a vegetação!
ouvir e ficar atento
aos agouros do carão
vão ver a terra falando
no APOESC recitando
as belezas do Sertão!

Gilberto Cardoso dos Santos

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sobre o livro A Saga dos Limões e seu autor - Gilberto Cardoso dos Santos



O trabalho do escritor Epitácio Andrade Filho cada vez mais obtém reconhecimento. Muito oportuno o resgate que ele faz no livro sobre a história dos Limões e sobre a história do cangaço no Rio Grande do Norte. Em linguagem a um tempo simples e profunda, lançou fulgurante luz sobre a Revolta do Quebra-Quilos, evento marcante na história do Brasil.
Dr Epitácio Andrade, esse patuense apaixonado pelo cangaço que tem dado notável realce à história de sua gente, muito tem contribuído com seu trabalho e incentivo para manter viva a chama da cultura popular.
Para esse médico-psiquiatra que se fez historiador, o resgate do passado não pode se reduzir a um amontoado de fatos distorcidos que quase sempre beneficiam a imagem das classes dominantes de cada época.
História tem que ser preto no branco ou, no caso específico da temática tratada em sua obra, preto no brilhante. Todavia, não o "brilhante" fictício de uma verborragia enganadora, própria daqueles que buscam distorcer os fatos, tentando embelezar ou maquiar o que lhes parece feio. O brilho de sua obra está no fato de saber misturar na dose certa sua prosa agradável com a poesia bem estruturada de Gil Hollanda, grande cordelista. Arte e história se unem para contar os fatos de maneira bela e isenta.



Para adquirir o livro, entre em contato pelo (84) 9901 7248 ou vá à Casa da Cultura de Santa Cruz - Palácio do Inharé.

Em Natal, procure a Livraria Siciliano.

Para saber mais sobre a vida do Dr Epitácio, adquira o cordel O Doutor e o Cangaceiro pelo (84) 9901 7248 ou vá à Casa da Cultura de Santa Cruz - Palácio do Inharé.






A Saga dos Limões

MÍDIA ESTADUAL REPERCUTE LANÇAMENTO DE LIVRO

Na edição 383, de 01 de agosto do corrente ano, o semanário
parnamirinense “Potiguar Notícias”, repercutiu na sua versão impressa, em chamada
de capa, a manchete sob o título: “Livro sobre cangaço será lançado”. O conteúdo
da matéria trata do lançamento do livro “A Saga dos Limões – Negritude no
Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante”, do médico psiquiatra e pesquisador
social Epitácio de Andrade Filho, em Natal/RN.


Capa e Matéria do Potiguar Notícias

No caderno “Parnamirim”, o “Potiguar Notícias” informa o lançamento
de “A Saga dos Limões”, a ocorrer no próximo dia 29 de agosto, a partir das 18 horas,
na Livraria Siciliano do Shopping Midway Mall, no centro de Natal, onde o livro sobre
os algozes do principal cangaceiro potiguar, já se encontra à venda.



“O Jornal de Hoje”, publicação vespertina, impresso diariamente em
Natal, na sua edição do último final de semana de julho, na tradicional coluna “Cena
Urbana” do jornalista Vicente Serejo apresentou notas sobre o lançamento do livro
que aborda parte da história e do território do cangaceiro Jesuíno Brilhante, “que
mereceu a biografia pioneira de Raimundo Nonato e um elogio de Câmara Cascudo”.



Na ocasião da visita que Epitácio Andrade realizou ao menestrel da
obra do escritor Câmara Cascudo, Vicente Serejo apresentou o seu acervo constituído
por toda a produção publicada pelo maior folclorista brasileiro. Serejo aceitou o
convite de Epitácio para fazer uma crítica literária a sua produção, no lançamento
de “A Saga dos Limões”, no dia 29 de agosto, na Livraria Siciliano do Midway Mall, em
Natal, capital do Rio Grande do Norte.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Jesuíno Brilhante e Os Limões

Legenda 1: Epitácio Andrade com Isaura Rosado.

ISAURA ROSADO RECEBEU PESQUISADOR SOCIAL

A Secretária Extraordinária da Cultura do Rio Grande do Norte Isaura
Rosado recebeu em audiência, no final de junho, o Pesquisador Social Epitácio
Andrade, para tratar da viabilização do Evento: “Cangaço e Negritude”, previsto para ocorrer no período de 08 a 10 de julho, nas cidades potiguares de Currais Novos, Caicó, Messias Targino e Patu, e também, na cidade paraibana de Catolé do Rocha.

Atendendo a solicitação da presidente da Fundação Cultural José Bezerra
Gomes, Professora Graça Nunes, que apóia a realização do evento, Doutora Isaura
garantiu a participação do Pesquisador da Cultura Indígena Aucides Sales, no Encontro Gastronômico da Negritude, no dia 08 de julho, no Restaurante Currais Novos, onde abordará o tema “Interação da Culinária Negra com Indígena”. No mesmo encontro, estão programadas intervenções orais do Técnico em Agropecuária da EMATER/RN Aderban Medeiros, abordando o tema “Abelhas Cangaceiras não Produzem Mel”; da Historiadora Socorro Fernandes Cruz sobre a “História da Culinária Afro-brasileira”; e do Pesquisador Epitácio Andrade sobre a “Invenção da Maxixada”.
Legenda 2: Pesquisador Epitácio com a Historiadora Socorro Cruz.

Na ocasião da visita a Secretária de Estado Isaura Rosado, o Pesquisador
do Cangaço Epitácio Andrade a presenteou com os folhetos “O Delegado que Virou
Cangaceiro” e “Jesuíno, o cangaceiro Brilhante”, do Poeta Gil Hollanda, que vai
coordenar o Encontro Gastronômico da Negritude e lançará os cordéis “ABC da
Cachaça” e “ABC da Rapadura”.

Legenda 3: Capa de “Jesuíno, o cangaceiro Brilhante”, de Gil Hollanda.

O Encontro Gastronômico da Negritude está inserido na programação do Evento: “Cangaço e Negritude”, que busca tematizar o fenômeno do Cangaço de
Jesuíno Brilhante (1871-79) com o resgate da negritude sertaneja, representada pelo grupo étnico constituído pela Família Limão, cujos membros ganharam notoriedade na literatura sobre o tema, por serem considerados como os principais algozes do maior cangaceiro potiguar.

domingo, 3 de julho de 2011

CANGAÇO E NEGRITUDE - Entrevista





Em 02.07.2011, recebemos nos estúdios da Santa Rita FM o Dr Epitácio Andrade Filho, médico-psiquiatra e cangaceirólogo, membro da SBEC que concedeu entrevista ao programa APOESC Em Canto e Verso sobre seu recém-lançado livro "A SAGA DOS LIMÕES: Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante.Ouça a entrevista em


Get this widget|Track details|eSnips Social DNA


ESCLARECIMENTO FEITO PELO ENTREVISTADO:

"Caro Gilberto,
Quero fazer uma correção: Quando me reportei ao termo "libertinagem", atribuindo-o a Mário de Andrade, estava pensando na sua viagem a Catolé do Rocha, em "O Turista Aprendiz". Peço desculpas. O termo "libertinagem" é uma obra do, também modernista, Manuel Bandeira. Obrigado." Epitácio Andrade.

É BALAIO OU REPENTE? - Gilberto Cardoso dos Santos


É memória ou improviso?
É balaio ou é repente?
Veja e faça seu juízo
ouvindo o trio fluente
3 vates, uma viola
retirando da cachola
a poesia envolvente


Get this widget|Track details| eSnips Social DNA

É BALIO OU REPENTE? - Gilberto Cardoso dos Santos


É memória ou improviso?
É balaio ou é repente?
Veja e faça seu juízo
ouvindo o trio fluente
3 vates, uma viola
retirando da cachola
a poesia envolvente


Get this widget|Track details| eSnips Social DNA

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sugestão Papal - Gilberto Cardoso

O papa Berto I, dono do blog JBF e autor do famoso livro O Romance da Besta Fubana (já em quarta edição), sugeriu:

"Quem quiser ver a postagem do Padre Gilberto, entre na página dele, o Blog do Gil, que vai dar um belo passeio."


e eu escrevi:


Bem-aventurado é quem escuta
a voz do papa embargada e grogue
a ordenar que visitem meu blog
O que não for deve sorver cicuta

Não vou dizer que é filho da puta
quem não clicar, e pode ser que rogue
pra que o cão com o seu ser não jogue
e o esquarteje com sua força bruta

Obrigado, companheiros de jornada,
reflito em meio a tão grande babada:
Quem só caminha pensando em promoção

é porque não percebeu o tom perverso
que coloquei neste sétimo verso
cacofonia que lasca o cristão.

domingo, 19 de junho de 2011

SONETO SOBRE CHICO MOTA - Gilberto


A família Mota agradece pela homenagem postada em seu domínio (http://bloggcarsantos.blogspot.com/2011/06/versos-sobre-morte-de-chico-mota.html e http://apoesc.blogspot.com/2011/06/morte-de-francisco-mota.html) > referente ao falecimento do nosso patriarca, Francisco Fernandes da > Mota (Chico Motta).

- Denildo Mota

SONETO SOBRE CHICO MOTA

Eu desejo de todo coração
que em meio a tanto sofrimento
a família supere esse momento
de pesar e de perda pra nação

pois o povo de toda a região
se recorda e nisso acha alento
dos repentes e mostras de talento
e no íntimo lhe faz aclamação

O poeta descansa agora em paz
mas na tumba decerto ele não jaz
hoje canta repentes lá na glória

A família tem muito o que lembrar
e sua voz haverá de ecoar
nos recintos sagrados da memória.

Gilberto Cardoso dos Santos.