quinta-feira, 4 de julho de 2019

Infernizando os outros


Infernizando os outros

"O tempo passa, o tempo voa", como dizia a propaganda do Bamerindus e muita gente continua a tomar na poupança, a defender o indefensável. Temos no Brasil uma Direita tosca, sustentada por dissonâncias cognitivas, pesadíssima, na "insustentável leveza do ser" bolsomínion.
Persistem aqueles cujo voto é visceralmente ideológico. Um número que, felizmente, parece minguar, santificou a Direita e demonizou a Esquerda de tal modo que não vê os erros apontados em um lado, tão presentes no outro. "O inferno são os outros", dizia Sartre. Quando assim pensamos (ou melhor, sentimos) não há lugar para o exercício sadio da racionalidade. Quando razões místicas, teorias da conspiração e principalmente o medo determinam nosso voto, regredimos na história e damos lugar ao obscurantismo, pois os fins passam a justificar os meios.

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