segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A MORTE DE ALAN, O MENINO SÍRIO, EM GALOPE - Gilberto Cardoso dos Santos

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Na beira da praia criança sem vida
futuro frustrado, três anos de idade, 
tentava salvar-se da ferocidade
da falta de afeto de gente homicida
o barco que afunda na triste partida
levando a família que tenta escapar
o pai em vão tenta seus filhos salvar
e perde a esposa, dois filhos, parentes
de seres aflitos clamando impotentes
só restam os corpos na beira do mar.

A frágil criança que ainda vivia
na fase dos sonhos, de plena inocência
brincava no bote sem ter consciência
do drama cruel que aos pais afligia
a mãe o beijava e às vezes sorria
querendo seus medos em vão controlar
o pai o abraçava tentando inculcar
sementes de fé, bondade e esperança
trazendo enganoso consolo à criança
em breve entregue às ondas do mar.

O mundo padece por causa de crenças
de gente que julga deter a verdade
em nome do bem praticam maldade
não são tolerantes com as diferenças
pessoas padecem por tais desavenças
e o crime no mundo parece avançar
os bons já não sabem a quem apelar
e dupla é a face da imigração
por causa dos traumas da religião
a morte galopa na terra e no mar.

A cena comove: o corpo caído
inerte, sem vida, parece dormir
artistas do mundo tentaram exprimir
a morte precoce do ente querido
o mundo se espanta pois falta sentido
ver uma criança tão meiga tombar
da indiferença vem nos despertar
pois mostra o risco que todos corremos
se não nos unirmos jamais venceremos
o mal que galopa em todo lugar.

Com lágrimas quentes escrevo estes versos
Palavras se entalam na minha garganta
A barbaridade do mundo me espanta
Maldade e cegueira dos homens perversos
Enfrenta o planeta problemas diversos
E o homem não sabe que rumo tomar
O vil fanatismo precisa parar
De em todo o planeta impor o terror
Queremos Justiça, a Paz e o Amor
Cantando galope na beira do mar.












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