Li o livro Meia Pata
Como quem rompe a folhagem
De uma área selvagem
E penetra numa mata
Segui a onça-pintada
Sutilmente camuflada
Tão diabólica e divina
Em sua pele penetrei
E aos homens contemplei
na sua visão felina.
Fui, puxado pela mão
Da alegre índia Iara
Com sua beleza rara
Guiando meu coração
Penetrei em uma aldeia
E senti correr na veia
Meu instinto ancestral
Nos passos de Daniel
Quase que fiquei pinel
Perdido no matagal.
Movi-me na mata escura
Buscando sobrevivência
Prossegui com persistência
Nas veredas da leitura
Vi paisagem deslumbrante
Sobre a mata exuberante
De um bioma ameaçado
Acho que o escritor
Com competência e primor
Conseguiu dar seu recado.
Ele, de modo brilhante,
Com maestria e leveza
Fala da mãe natureza
De maneira cativante
E nos põe numa aventura
Cheia de encanto e bravura
Que apela ao coração
Mostra que há retrocesso
Quando em nome do progresso
Fazemos destruição.
Parabenizo o autor,
Pelo romance envolvente
Que merece, certamente,
Receber todo louvor
A trama é instigante
E a conclusão brilhante
Chega a surpreender
Saí de dentro da mata
Do romance Meia Pata
Com vontade de o reler!
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