domingo, 1 de setembro de 2013

JESIEL GOMES E EU - Gilberto Cardoso dos Santos

Link do Facebook de Jesiel: Santa Cruz Por Jesiel

Hoje, caro Jesiel, usufrui um pouco da admiração que o povo tem por você.

Próximo a uma farmácia uma mulher bonita, num carro bonito, um desses cuja marca desconheço, fitou-me demoradamente.  Cravou-me os olhos de dentro do carro parado e iniciou o esboço de um sorriso, mas não encontrou reação positiva em meu rosto de tímido, quase sempre sério, e os seus lábios voltaram ao natural.
Porém não resistiu e puxou conversa:

- Olá! Acho muito interessante aquele trabalho que você vem fazendo na Internet. É você, né?
- Sim - confirmei com a cabeça, pensando que ela se referia ao blog.
- Eu gosto muito de ver o que você posta. Aquelas fotos antigas mexem com a emoção da gente.
Aí começou a cair a ficha. Percebi que ela se referia a você. Apesar de ser mais bonito, algumas pessoas já me disseram que somos parecidos. Uns me perguntaram se somos irmãos. Desta vez, porém, a bela mulher achou que eu era o próprio.

O que fazer numa hora dessas, em que a falsa identidade nos é favorável?
Disse-lhe que gostava de compartilhar aquelas fotos, referindo-me, intimamente, ao ato de repassar suas postagens. Sem dúvida, acrescentei, as postagens daquelas fotos prestam um grande serviço à história de Santa Cruz e servem para tornar o Facebook um ambiente mais humano, mais agradável, mais próximo da gente.

Tentando parecer eloquente, disse-lhe que faltava aquele toque de humanidade nessa selva tecnológica em que nos achamos emaranhados. Passado e presente ali, graças a essas fotos, agora se entrelaçavam e nos faziam encarar o futuro com mais otimismo. Quem diria, refleti, que o “Face”, nos concederia essa oportunidade de resgatar tesouros do passado e tornar aquele ambiente tão mal utilizado propício ao reencontro conosco mesmos!

Vendo que me ouvia com atenção, acrescentei:
- Essas fotos mostram uma Santa Cruz desconhecida para a maioria dos que acessam a Internet, e desperta a memória de muitos para fatos e momentos que jaziam sob a poeira do tempo. Aquela página é um museu virtual riquíssimo que pode, com efeito, nos levar a valorizar melhor o que fomos. Percebeu que outros estão se contagiando com a iniciativa e também postando fotos? Baús esquecidos estão sendo abertos e tesouros estão sendo expostos.

- Pois é, disse-me ela, eu até já chorei vendo algumas daquelas fotos.
Seus olhos pareceram se umedecer.
Comovido, pensei em oferecer-lhe um ombro amigo, mas a distância e o recato dela me impediriam.
Sutilmente, fui a contragosto encaminhando a conversa no sentido de revelar-lhe que você não era eu. E ela ficou admirada:  
- Não é não?!. Pois eu pensei que era... me desculpe.

Perguntou, então, onde você morava e, obtida a informação, deu partida no carro e foi-se.

Finalizo, caro Jesiel, essa história mal-acabada,  fazendo um protesto por seu excesso de humildade e/ou timidez. 

Se as pessoas o confundem comigo, é sinal que você é bonito e não tem razões para não colocar uma foto sua no perfil. Sei que seu objetivo precípuo no Facebook não é o de aparecer, mas o de mostrar o que temos (ou tínhamos?) de melhor. Como todo fotógrafo e por ser apaixonado por sua gente, você se esconde atrás dos holofotes e direciona a atenção para outros. Todavia, tão nobre é o que está fazendo que muitos desejam vê-lo, conhecê-lo.

Aviso-lhe que, se não atender meu apelo, da próxima vez que uma mulher bonita me confundir com você, assumirei a identidade. 

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