quarta-feira, 14 de agosto de 2013

SOBRE O ROMANCE MEIA PATA, DE RICARDO DANTAS - Gilberto Cardoso dos Santos


Fui ao fórum de Santa Cruz. Levava comigo 4 exemplares do livro "Meia Pata". Trata-se do primeiro romance escrito por um santa cruzense, o biólogo Ricardo Dantas. 

Fui mostrá-lo ao também escritor e ávido leitor Naílson Costa.
Enquanto aguardava o instante oportuno, observei que um policial estava como que me encarando e olhando demoradamente para os exemplares. Queria fazer uma pergunta e fez:
- É gramática?

Aparentemente, tinha visto o título ao longe, rapidamente, e tinha se confundido. Deve ter me confundido com um desses vendedores de material para concurso.
Expliquei-lhe: "É um romance. Chama-se Meia Pata."
E ele disse meio desanimado:

- Ah, tá. Desculpa aí. Pensei que fossem gramáticas.
Imediatamente lembrei-me que vivemos num país repleto de pessoas que têm sérios problemas com o uso do próprio idioma. A escola tem priorizado o estudo da gramática e o resultado é conhecido de todos. 

Aquele policial, como tantos outros, não sabia que através da leitura de um bom romance fica mais fácil se familiarizar com a língua escrita. Ir no encalço da onça que nos espreita no capítulo inicial de Meia Pata é bem mais divertido e proveitoso que contemplar a classificação de onça-macho e onça-fêmea na jaula dos epicenos.

Voltando a Naílson, visível foi seu encanto diante do livro. Muito bem acabado, volumoso e de aspecto atraente. Não se trata de algo feito numa gráfica qualquer. Foi um livro que teve a aceitação da Editora Kazuá. Editoras sérias, como esta, não costumam apostar em obras irrelevantes, sem potencial. 
Naílson, como eu, percebeu a importância dessa obra para a história de nossa literatura.

Comecei a lê-lo e percebo que a trama é envolvente. O escritor é "dos Dantas", família que se notabilizou em nossa região pelo grau de inteligência dos que a compõem. Teixeirinha Alves se lembra de ter estudado com o autor e disse-me que nesse tempo o Ricardo já se destacava. A julgar pelo que lí, trata-se de uma obra bem escrita, digna de receber destaque na literatura potiguar.

O autor me remeteu dez exemplares e pediu-me o obséquio de vendê-los entre seus conterrâneos. Quem quiser adquiri-lo, procure-me no gcarsantos@gmail.com ou pelo (84) 99017248

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