quarta-feira, 25 de março de 2020

Fugindo da morte (Ao Corona digo NÃO!)


Fugindo da morte (Ao Corona digo NÃO!)

Não, eu não quero morrer
Pois amo muito essa vida
Mesmo imperfeita e sofrida
Existir me dá prazer
Não, não quero promover
A minha própria extinção
Não me entrego à depressão
Enquanto puder resisto
De esperança me revisto
Ao Corona digo NÃO!

Tenho medo de morrer
Mesmo sabendo que a morte
Abate ao fraco e ao forte
E a todos há de vencer
Mas é bom envelhecer
Crescendo em compreensão
Mesmo em face da extinção
Que há de vir naturalmente
Na luta serei valente
Ao Corona digo NÃO!

Finado não quero ser
Por isso estou confinado
Pra não ser contaminado
Qualquer coisa hei de fazer
Também não quero sofrer
Com fraca respiração
Rejeito o aperto de mão
Proximidade e abraço
Tente fazer o que faço
Ao Corona diga NÃO!

Não subestime o poder
Desse bichinho invisível
Que tem de modo terrível
Feito o mundo padecer
É necessário temer
Pois foge à nossa visão
Com a correta informação
Longe iremos nos manter
Tenha medo de morrer
Ao Corona diga NÃO!

Todos nós iremos ter
Dias maus, angustiantes
Se formos perseverantes
Iremos prevalecer
Muitos irão perecer
Sem ter arroz e feijão
Reserve uma porção
Para aos demais dar suporte
Livre os carentes da morte
Ao Corona diga NÃO!

De morrer morro de medo
Seja ganhando ou perdendo
Prefiro escapar fedendo
Do que cheiroso ir mais cedo
Um mês ou mais no degredo
Por causa da prevenção
Pode ser a salvação
Até vir solução plena
Cumpra à risca a quarentena
Ao corona diga NÃO!

Gilberto Cardoso dos Santos







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