domingo, 13 de dezembro de 2015

GAIA, A FÊMEA SUBLIME - Gilberto Cardoso dos Santos


A Terra, mulher sublime
razão maior do erotismo
Que em nosso antropomorfismo
nos dá prazer e redime
espírito vento que exprime
o que a mente espelhou
pareidolia gerou
uma boca apetitosa
Em Gaia,  fêmea formosa
a quem o papa beijou.

sábado, 7 de novembro de 2015

A MORTE DE TACO, O URSO POLAR - Gilberto Cardoso dos Santos


Morreu aos 18 anos
Taco o urso polar
que viveu para alegrar
aos insensíveis humanos
no infernal ambiente
puseram à sua frente
uma paisagem enganosa 
blocos de gelo pintados
lagos azuis congelados
da terra maravilhosa

em seus embaçados sonhos
nascidos das frustrações
consolavam-no visões
naqueles dias tristonhos
Enquanto ali vegetava
certamente acalentava
a esperança de voltar
mas aqueles que o prenderam
tal prazer não concederam
ao pobre urso polar.

Mais frios que o ambiente
que o urso tanto queria
quem lucrava não queria
libertar o inocente
grandes cifrões os cegavam
e insensíveis tornavam
os vis manipuladores
as multidões entretidas
também foram iludidas
por esses exploradores.

dos seus tediosos dias
finalmente escapou
do tempo que vegetou
sob paredes sombrias
desde novo expatriado
aos 3 anos foi tirado
do lado da mãe querida
para a humana diversão
foi posto numa prisão
até o final da vida
.
Muitos humanos existem
em igual situação
a vida de frustração
preenchem com o que assistem
a vida artificial
lhes provoca grande mal
mas não podem escapar
pela tevê iludidos
são por paredes contidos
iguais ao urso polar.

As cidades são zoológicos
onde vivem encerrados
definham desesperados
seus impulsos biológicos
iguais ao urso polar
precisam se alienar
enquanto a morte não vem
tentando sobreviver
buscam encontrar prazer
em coisas que não convêm.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

VERSOS SOBRE O FANATISMO POLÍTICO (Gilberto Cardoso dos Santos)



VERSOS SOBRE O FANATISMO POLÍTICO (Gilberto Cardoso dos Santos)

Eu não sei se é cegueira
Má vontade, hipocrisia
Ver alguns na dianteira
Defender com ousadia
Até com certa grossura
Gente que não tem lisura
E faz o que não devia.

Usam pobres argumentos
Comuns à oposição
Defendem comportamentos
Próprios da corrupção
Parece que em seus anseios
Os fins justificam os meios
Mesmo ferindo a razão.

Falhas graves da política
De pessoas ilibadas
Já não recebem mais crítica
Hoje são justificadas
O medo de piorar
Leva o povo a aceitar
Coisas antes condenadas.

Alguns, por razões escusas,
Interesses pessoais
Expressam razões confusas
Para os deslizes morais
Falam da oposição
Mas na argumentação
São parecidos demais.

Fazem uso da Internet
Pra fazer difamações
Ai daquele que se mete
A fazer reclamações!
Pode ser caluniado
Ofendido e humilhado
Só por dar opiniões.

Com as opiniões diversas
Forte é a intolerância
São ditas coisas perversas
Que revelam arrogância,
Descontrole emocional
Quem se opõe é do mal
Deve manter-se à distância.

Gente bastante instruída
De inegável inteligência
Parece destituída
De razão e coerência
De maneira lastimável
Defende o indefensável
Conforme a conveniência.

Acho que todos vivemos
Um momento delicado
Certamente não queremos
Ver o país afundado
Como em anos precedentes
E nem sermos coniventes
Com aquilo que é errado.

Vocês que antigamente
Tinham um discurso honroso
Não defendam cegamente
Algo que é duvidoso
Devido partidarismo
Que parece  fanatismo
De caráter religioso.

É preciso ter cuidado
Na hora de discutir
Pra não ficar exaltado
E ao semelhante ferir
Argumentos racionais
Não ataques pessoais
É o que se deve ouvir

Com certeza o pior cego
É o que se recusa a ver
Quem por causa do seu ego
Não dá o braço a torcer
E continua  insistindo
Pra si mesmo repetindo
Tentando se convencer.

Por favor não me odeiem
Por assim desabafar
Peço que não se chateiem
Com meu modo de falar
Sou contra a corrupção
Fiz isso na intenção
Apenas de ajudar.

Porém se em verso ou prosa
Alguém quiser contestar
Ouvirei de forma honrosa
Tudo que argumentar
Meu intuito é construir
Ver o país progredir
Do atoleiro escapar.

       Gilberto Cardoso dos Santos

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

NÃO TINHA NADA DE LUXO MAS HAVIA MUITO AMOR - Gilberto Cardoso dos Santos


A casa era apertada
e pouca era comida
mas apesar de sofrida
a vida era animada
a cama velha quebrada
escassez de cobertor
noites de frio ou calor
de fome roncava o bucho
não tinha nada de luxo
mas havia muito amor

tudo junto e misturado
no estreito compartimento
nosso entretenimento
era sempre improvisado
o brinquedo reciclado
era de grande valor
Meu pai era um sofredor
grande era o seu repuxo
não tinha nada de luxo
mas havia muito amor

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

TEM VENTANIA ESTOCADA NA CUCA DE MUITA GENTE - Gilberto Cardoso dos Santos

Glosas: Gilberto Cardoso dos Santos
Mote: Hélio Crisanto


Tentam colocar a pasta
De volta no dentrifício
E em tão estranho ofício
Nossa mente se desgasta
Dobrar a meta não basta
Quando esta está ausente
Com a mandioca à frente
Mulher-sapiens tá brisada
tem ventania estocada, 
na cuca de muita gente.

Quanto à energia eólica
É necessário estocar
Bons ventos vão agitar
Nossa paisagem bucólica
Se a frase é meio estrambólica
O resultado é patente
Pra que discurso eloquente?
Mais vale uma roraimada!
tem ventania estocada, 
na cuca de muita gente.

Ao que não pensa direito
Chamam cabeça-de-vento
Todo mundo fica atento
Às tolices do sujeito
Mas não tenha olhar estreito
Ante o discurso fluente
Pois quem fala belamente
As vezes não tá com nada
tem ventania estocada, 
na cuca de muita gente.


São muito os vendavais
tornados e furacões
próprios das corrupções
nas esferas estatais
Há calmaria demais
perante o roubo frequente
percebo que infelizmente
nossa nação é culpada
tem ventania estocada, 
na cuca de muita gente.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Parece até que estou vendo As sombras do meu passado - Gilberto Cardoso dos Santos

Glosa: Gilberto Cardoso dos Santos  Mote: Marcos Medeiros
                                            

As estradas poeirentas
E a árvore ressequida
Não oferecem guarida
Nas horas mais calorentas
No céu, as nuvens cinzentas,
No chão, o verde mirrado
Há um silêncio pesado
Na tarde que vai morrendo
Parece até que estou vendo
As sombras do meu passado.


Pálpebras de alvenaria,
Janelas retangulares
Por onde os raios solares
Entram trazendo alegria.
O clima é de poesia
No cenário desolado
Um chocalho é balançado
A brisa sons vem trazendo
Parece até que estou vendo
As sombras do meu passado.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Imagens poetizadas poema sobre poema - Gilberto Cardoso dos Santos


Por que tamanha beleza
em detalhes pequeninos?
cheia de toques divinos
se mostra a mãe-natureza
alguns ao olho invisíveis
exibem formas incríveis
uma coisa de cinema
milagrosas pinceladas
Imagens poetizadas
poema sobre poema

Como não se extasiar
Contemplando o mimetismo
Que resguarda os organismos
De maneira singular?
com seus formatos diversos
bem metrificados versos
na estrofe do ecossistema
habilmente versejadas
Imagens poetizadas
poema sobre poema.

As orquídeas me encantam
seu colorido profuso
deixam o racional confuso
certamente nos espantam
diversos são os formatos
matematicamente exatos
Há um cinema no sinema
nas pétalas perfumadas
Imagens poetizadas
poema sobre poema.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

HOMENAGEM POÉTICA A DÉBORA RAQUIEL - Gilberto Cardoso dos Santos




Débora vem do hebraico
Abelha significa
Traz-nos mel de poesia
De uma flora muito rica
Nos versos mostra destreza
Somente em própria defesa
É que às vezes ela pica.

Raquiel vem de Raquel
De origem hebraica também
Combina com seu caráter
Que tantas virtudes tem
Se Débora é abelha
Raquiel quer dizer ovelha
Que não faz mal a ninguém.

E como se não bastasse
Lopes é “vitoriosa”
Nome de origem espanhola
Que quer dizer corajosa
De lupus se origina
Ser loba é sua sina

Além de ovelha mimosa.

COM A LUA NA MÃO (Hélio Crisanto e Gilberto)




(Hélio Crisanto)
Assim caminha o poeta
Solto como um beija-flor....
Ara os céus, toca as estrelas
Livre de qualquer rancor
De mãos dadas pela rua
Sonhando abraçado a lua
Cheio de paz e amor.

(Gilberto Cardoso)
Voa enquanto caminha
nas asas do arrebol
alcançando um sustenido
descansando num bemol
Feito o poeta Hélio
Que significa sol.

(Hélio Crisanto)
Sou sol, sou chuva, sou ar
Pingo de luz no infinito
Sou a voz do esquecido
Que ecoa em cada grito
Sou verso, rima e canção
Sou a lua do sertão
Onde o brilho é mais bonito.

(Gilberto Cardoso)
Não sou lua, não sou sol
Mas me sinto ensolarado
Também tenho algo da lua
Porque sou meio aluado
E à escuridão disperso
Sou o inverso do verso
Nas rimas de pé quebrado.

(Hélio Crisanto)
Eu sou o verso engessado
No pé desse cantador
Cada baião da viola
Treme o meu opositor
Não sei se faço obra prima
Mas na peleja da rima
Eu bato até em doutor.

(Gilberto Cardoso)
Depois que peguei a lua
Eu a cobri com um manto
Dei de presente à esposa
Que desmaiou de encanto
A lua é fácil pegar
Mas bem difícil enfrentar
A luz de Hélio Crisanto.

(Hélio Crisanto)
Ah se eu fosse do seu tanto
Um poeta tão perfeito
Pra fazer versos benditos
Mas não tenho esse direito
Por isso tiro o chapéu
Pra esse bom menestrel
Que faz poesia de eito.

(Gilberto Cardoso)
Quando o sol tira o chapéu
De nuvens que o rodeia
Nós temos visões do céu
Se ilumina a aldeia
E o poeta se alumia
Por causa da poesia

Que dentro nos incendeia.

domingo, 27 de setembro de 2015

CAVALGANDO EM VERSOS - Gilberto Cardoso dos Santos

Glosa minha, montada no mote de Francisca Araújo

Montado em um poema
Que combate o Especismo
Galopo com heroísmo
Sobre um humano dilema
Às palavras, sem problema,
Esporo com alegria
Relincham, sem agonia
Nos versos em disparada
Pra fazer a cavalgada
Nas trilhas da harmonia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Meus três amores! Saudades! - Gilberto Cardoso dos Santos

 Luciênio Teixeira postou no Facebook uma foto da família com a seguinte frase: "Meus três amores! Saudades!" 


Na foto, esposa e filhos de Luciênio.


                                                     A inspiração bateu e eu escrevi:

Meus presentes, meu futuro,
Um pouco de meu passado
Seres em quem me seguro
Quando me sinto estressado
Amo e também sou amado
Sem quaisquer ambiguidades
As nossas fragilidades
Mutuamente anulamos
pois sempre nos completamos
Meus três amores! Saudades!

Quando estou à distância
minhas raízes se esticam
e eu vejo a importância
dos seres que em casa ficam
lembranças se multiplicam
em meio às ansiedades
ofuscam prioridades
que pareciam gigantes
há coisas mais importantes:
Meus três amores! Saudades!

(Gilberto Cardoso dos Santos)

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A MORTE DE ALAN, O MENINO SÍRIO, EM GALOPE - Gilberto Cardoso dos Santos

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Na beira da praia criança sem vida
futuro frustrado, três anos de idade, 
tentava salvar-se da ferocidade
da falta de afeto de gente homicida
o barco que afunda na triste partida
levando a família que tenta escapar
o pai em vão tenta seus filhos salvar
e perde a esposa, dois filhos, parentes
de seres aflitos clamando impotentes
só restam os corpos na beira do mar.

A frágil criança que ainda vivia
na fase dos sonhos, de plena inocência
brincava no bote sem ter consciência
do drama cruel que aos pais afligia
a mãe o beijava e às vezes sorria
querendo seus medos em vão controlar
o pai o abraçava tentando inculcar
sementes de fé, bondade e esperança
trazendo enganoso consolo à criança
em breve entregue às ondas do mar.

O mundo padece por causa de crenças
de gente que julga deter a verdade
em nome do bem praticam maldade
não são tolerantes com as diferenças
pessoas padecem por tais desavenças
e o crime no mundo parece avançar
os bons já não sabem a quem apelar
e dupla é a face da imigração
por causa dos traumas da religião
a morte galopa na terra e no mar.

A cena comove: o corpo caído
inerte, sem vida, parece dormir
artistas do mundo tentaram exprimir
a morte precoce do ente querido
o mundo se espanta pois falta sentido
ver uma criança tão meiga tombar
da indiferença vem nos despertar
pois mostra o risco que todos corremos
se não nos unirmos jamais venceremos
o mal que galopa em todo lugar.

Com lágrimas quentes escrevo estes versos
Palavras se entalam na minha garganta
A barbaridade do mundo me espanta
Maldade e cegueira dos homens perversos
Enfrenta o planeta problemas diversos
E o homem não sabe que rumo tomar
O vil fanatismo precisa parar
De em todo o planeta impor o terror
Queremos Justiça, a Paz e o Amor
Cantando galope na beira do mar.












quarta-feira, 19 de agosto de 2015

HOMENAGEM A JOÃO MACAMBIRA

 Uma singela homenagem a João Antônio Medeiros, idealizador do Espaço Avoante, aniversariante do dia.



João Antônio Medeiros
Currais novense brilhante
sem recursos financeiros
fez uma obra gigante
é o idealizador
projetista e construtor
do Espaço Avoante

Macambira é uma planta
da caatinga, resistente
dificuldades suplanta
em meio à seca inclemente
tal como João Macambira
que a tanta gente inspira
devido ser persistente.

Não é um homem saudável
porém tem muita energia
é um guerreiro indomável
que a muitos contagia
sua fala é resumida
porém repleta de vida
não restrita à teoria.

João  Antônio, conhecido
como João Macambira
um carinhoso apelido
para alguém que tanto inspira
irá  entrar pra história
e ficará na memória
do povo que o admira.
















Professor que decidiu
em suas limitações
dar ao poder arredio,
às artísticas expressões
e ao povo em geral
uma “aula” magistral
e a maior das lições.

João nos serve de exemplo
De altruísmo e ousadia
Com a construção desse templo
Dedicado à poesia
É mais um João precursor
Um profeta de valor
Que bons tempos anuncia.

Noventa e sete por cento
dos gastos da construção
saíram de seu sustento
da venda e da produção
de quadros que ele pintou
João, de fato, se doou,
deu-se à Arte em oblação.


















Ele, que já brilharia
simplesmente sendo artista
também se consagraria
como grande apologista
da arte seridoense
um norte-rio-grandense
generoso e otimista.


Que todos nos inspiremos
No exemplo que nos deu
E de algum modo busquemos
Romper as grades do eu
Pra que o mundo agonizante
Seja um espaço avoante
Como Deus o concebeu.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O SONHO DE HUGO (Gilberto Cardoso dos Santos)

 1958-2015

O SONHO DE HUGO (Gilberto Cardoso dos Santos)

Em um mundo tão medonho
Desigual e indiferente
Todo mundo tem o sonho
De viver comodamente
O individualismo
Que é fruto do egoísmo
A democracia trava
Nisso eu tava meditando
E acabei me perguntando
Com o que Hugo sonhava.

De onde é que ele tirava
Tanta força de vontade?
Por que é que se doava
Com tamanha intensidade?
Ele tinha um bom emprego
Mas deixava o aconchego
Várias causas abraçava
Sem segundas intenções
Tinha muitas dimensões
O sonho que acalentava.
                                             
O que Hugo mais queria
Era se multiplicar
Tudo quanto ele fazia
Era pra nos despertar
Cidadãos acomodados
Eram sempre instigados
A deixar de omissão
Porque Hugo bem sabia
Que só há democracia
Se houver participação.

Levantava logo cedo
Para nos advertir
Sua voz vencia o medo
Tentando nos conduzir
Queria que despertássemos
e as rédeas tomássemos
De nossa própria existência
Sua semente lançava
E ansioso esperava
Que houvesse correspondência.

Ele muito se arriscou
Tentando nos ajudar
Um alto preço pagou
Se colocou no altar
Da vida fez sacrifício
E suportou o suplício
De ser incompreendido
Quantas noites mal dormidas
Quantas batalhas perdidas
Mas não se deu por vencido.

Por ser bastante teimoso
Na luta por ideais
Se tornou vitorioso
Em áreas essenciais
E apesar dos pesares
O nosso Hugo Tavares
Transformou o Trairi
Doou-se à comunidade
E à querida cidade
São Paulo do Potengi.

Hugo era possuído
Pelo dom da empatia
Se sentia comovido
ao ver que alguém sofria
a sua briga comprava
e disponibilizava
tempo para ajudar
muita gente isso recorda
e o coração transborda
com vontade de chorar.

Ele sonhou com fartura
Para o povo do agreste
E promoveu a cultura
Rica do nosso nordeste
Brigava às vezes sozinho
Buscava o melhor caminho
De ver seu povo feliz
Desejando um paraíso
Jamais mostrou-se indeciso
Lutou por tudo que quis.

Para arranjar inimigos
Em nossa sociedade
E se expor a perigos
Basta falar a verdade
Mesmo com seus aliados
Quando se achavam errados
Hugo entrava em discussão
Mas ninguém pode negar
Que quando estava a brigar
Boa era a intenção.

Sua generosidade
É o que mais me encanta
Pois eu acho que a bondade
A qualquer erro suplanta
Com altruísmo inegável
Fez trabalho admirável
Que há de se eternizar
Sua crítica contundente
Emotiva e inteligente
Deve pra sempre ecoar.

Ele era partidário
Sem depender de partidos
Mostrava-se solidário
Com os maus agradecidos
Mesmo provocando mágoas
Foi um divisor de águas
Na cultura e na política
Idéia nós não fazemos
Do quanto amadurecemos
Através de sua crítica.

Com seus erros e acertos
Nós podemos aprender
Para fazer os concertos
Que tanto tentou fazer
O sonho que o movia
Era o de ver um dia
Todo mundo consciente
Desfazendo preconceitos
Lutando pelos direitos
Em um mundo diferente.

A Hugo hoje contemplo
E me sinto convencido
Que seu grandioso exemplo
Deveria ser seguido
Mais que um compositor
Ele foi um sonhador
Uma espécie de profeta
Se cada um for um Hugo
Quebraremos qualquer jugo           
Cumpriremos sua meta!



Veja também: 

HOMENAGEM PÓSTUMA FEITA EM VIDA A HUGO TAVARES

apoesc.blogspot.com/2015/07/homenagem-em-vida-hugo-tavares.html


Saiba mais sobre Hugo Tavares Dutra