RESENHA EM VERSOS DO FILME O MATADOR
A Netflix fez algo
Que me deixou encantado;
Produziu um belo filme
No Nordeste ambientado;
O cenário do sertão
Traz a mítica visão
De um tenebroso passado.
Nesta primeira incursão
No cinema brasileiro
A Netflix acertou
Com um brilhante roteiro,
Direção e produção
Em que Marcelo Galvão
Apresenta um cangaceiro.
O seu nome é Cabeleira,
um pistoleiro cruel;
Trabalha para um francês
Rico e dono de um bordel;
Por conta própria instruído,
Retirou seu apelido
De um folheto de cordel.
Aliás, muito encantou-me
Ver o cordel tão citado
Ao longo de toda a trama
E até mesmo declamado;
Também se faz alusão
Ao famoso Lampião,
Em cordéis biografado.
Turmalina Paraíba
é um minério que enfeitiça
Ao francês, a Cabeleira,
Gerando grande injustiça;
Sexo, fome de poder
E a loucura do ter
Fortalecem a cobiça.
Sete Orelhas, matador,
Seu rude pai adotivo,
Foi à cidade e sumiu
Gerando um quadro aflitivo
Na vida do inocente,
Nascido em seco ambiente
Em nada receptivo.
Como um produto do meio
Em tudo desfavorável
Cabeleira se transforma
Num atirador notável;
Pelo sexo enfeitiçado
Passa a ser manipulado
Por um líder abominável.
O filme captou bem
O sotaque do sertão;
Em termos regionais
Faz-se toda a narração;
A nossa literatura
Linguagem, dor e cultura
Ganham grande projeção.
Trata-se de um faroeste
Com elenco internacional
Ricamente produzido,
Além do Bem e do Mal,
Repleto de sutilezas;
O filme guarda surpresas
Pra quem aguarda o final.
Acho que com este filme
Deu-se mais um grande passo;
Na tevê e no cinema
O cordel amplia o espaço;
190 países
Verão os belos matizes
Da história do cangaço.
(Gilberto Cardoso dos Santos, cordelista).
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Marcelo Galvão (produtor) e Diogo Morgado (ator principal)
Veja o trailer
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