Se este grupo me aprova
E se oportuno, decerto,
Convido a meter a trova
Nesse colar de Gilberto.
(Zé Ferreira - Natal/RN)
Amigo, na minha trova,
A que você tem em vista
Só um dedo se aprova,
O dA proctologista.
(Gilberto Cardoso - SC/RN)
Quem quiser se aproxime
A trova não tem segredo
No ABAB você rime
E no colar meta o dedo
(Zé Ferreira Natal/RN)
Sou cara que se destaca,
no espaço trovadoresco
doido pra meter a faca
em qualquer sujeito fresco.
(Gilberto Cardoso - SC/RN)
Não façam xilogravura
Para o colar de Gilberto
A arte dessa gravura
É moderna, não dá certo.
(Zé Ferreira - Natal/RN)
Na trova de Zé Ferreira,
Alguém deixou-me avisado
Cabe uma septilha inteira
Nos versos de pé quebrado.
(G. Cardoso- S.C. /RN)
Quem vê um tocador desse
Querendo metrificar
Sabe que seu interesse
É metro no seu colar
(Zé Ferreira - Natal/RN)
Meu colar de diamantes
em teu pescoço não vai,
pois usas falsos brilhantes
comprados no Paraguai.
(G. Cardoso- S.C. /RN)
Gilberto é cobra ligeira
Nessa arte de trovar
Mas só vejo Zéferreira
Botando no seu colar
(Hélio Crisanto SC/RN)
Hélio, é minhó calá.
De trova tu não entende.
Se o "Negão do Paraná"
te pegar, tua trova fende.
(G. Cardoso- S.C. /RN)
Crisanto, digo a você,
Pode até não soar bem
Mas nesse colar de Gê
Tu pode meter também
(Zé Ferreira - Natal/RN)
Zé Ferreira é da sextilha
Na trova impotente é
Minha trova é uma ilha
E eu sou Robinson Crusoé
(G.Cardoso - SC/RN)
Ilha, carente, sem fé
Pensando muita besteira
Qual foi a de Crusoé
Com o índio Sexta-feira?
(Zé Ferreira Natal RN)
Ouço as rudes cantilenas
De dois poetas pedantes;
São asquerosas hienas
A fugir de um elefante.
(G. Cardoso- SC/RN)
Gilberto nessa postura
Agarrado no pau torto,
Segue fazendo a leitura
De que está em desconforto.
(Francisco das Chagas - )
Estes três têm verve fraca;
Da trova não têm domínio;
Não podem ver uma estaca;
Freud explica esse fascínio!
(G. Cardoso - SC/RN)
Eu sei que pra um poeta
É humilhante trovar
Mas vamos ver quem completa
De Gê Cardoso o colar?
(Zé Ferreira - Natal/RN)
Glosar é como gozar;
Décima é uma larga cova.
Por isso adoro adentrar
na estreiteza da trova.
(Gilberto Cardoso SC/RN)
Nesse estreito de Cardoso
Lembrei da foto da estaca
O vi um tanto reimoso
Sua carne ainda mais fraca.
(Zé Ferreira Natal RN )
Vate, vá tomar no sul
Um chimarrão numa cuia.
Explore o novembro azul,
no dedo grite aleluia.
(Gilberto Cardoso, Santa Cruz RN)
Jamais irei lhe dizer
Pra ir àquele lugar
Se assim não quer proceder
É bom fechar seu colar.
(Zé Ferreira Natal RN )
De pau e estaca falamos
com bom humor e esmero.
Aqui limites fincamos,
Chegamos à estaca zero.
(Gilberto Cardoso, S. Cruz/RN)
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